sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Administrando a água, como se fosse importante

Este não é um livro fácil porque organizadores e autores são acadêmicos, estudiosos e especialistas. Mas, mesmo sendo um pouco árido - de tantos números que apresenta -, ele nos surpreende seguidamente pelos conhecimentos úteis que reúne. Em tempos difíceis, como estes e os que nos reserva o futuro próximo, se configura um companheiro precioso

"No Brasil, assim como no mundo, 85% da água consumida vai para a agricultura, quase sempre a bordo de sistemas de irrigação ultrapassados, que aspergem bem mais do que seria recomendável. A indústria utiliza 10% e o uso doméstico demanda 5%. Os dados estão no capítulo "Economia da Água", do próprio Ladislau Dowbor. Diz ele: "O problema essencial é que a água que utilizamos recolhe os defensivos químicos da agricultura moderna, os resíduos industriais e os esgotos domésticos e se mistura às reservas existentes, gerando um efeito multiplicador de poluição de uma massa de água incomparavelmente superior ao volume de consumo". Quando o professor começa a falar dos dejetos, é melhor sentar e respirar fundo - mas não muito: "O ser humano produz, diariamente, nas cidades do mundo, mais de 2 milhões de toneladas de excrementos, dos quais 98% vão para os rios, sem tratamento"."

Vale a pena ler o livro. São informações importantes e que não damos a devida atenção.

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